O suficiente

Há um versículo em Provérbios que ao lê-lo achei fantástico. Encontra-se no capítulo 30, versos oito e nove. Diz assim: - Dê-me somente aquilo de que realmente preciso. Pois, tendo demais, seria ingrato e confiaria somente nas riquezas e deixaria o Senhor de lado; também não quero ficar tão desesperado por causa da pobreza a ponto de me tornar um ladrão, manchando o nome do meu Deus.

Esses pedidos foram feitos por Agur, filho de Jaque, que vivia na cidade de Massá (v.1). Eu fiquei muito impactada com tamanha sabedoria e eu nunca havia pensado nos argumentos que ele usou. O pedido de Agur não era nem por riqueza ou pobreza, ele só queria ter o suficiente, pois os extremos podiam levá-lo a pecar contra Deus, o Senhor.

Muitos fazem pedidos por riquezas, achando que elas serão a solução para todos os problemas. No entanto, esquecem que as riquezas também podem trazer problemas. Como bem pontuou o apóstolo Paulo, o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males, superestimar as riquezas não é saudável. Ainda nesse contexto, rele também afirma que aqueles que se tornam ricos caem em tentações, ciladas, desejos tolos e nocivos que podem causar dano e ruína levando a destruição.

Agur também cita a pobreza, essa também poderia ser uma razão para trazer desonra ao nome de Deus. A miséria pode levar ao desespero, a murmurações, tornar o homem um ser ingrato. Indo mais distante, pode levar até mesmo a escolhas erradas, tais como o roubo, furto. É exatamente por saber de tudo isso que o filho de Jaque roga para possuir apenas aquilo de que realmente precisa.

Assim eu finalizo com as palavras de Paulo que sintetizam claramente esse assunto: "devemos sentir-nos bem satisfeitos se tivermos alimento e roupa suficiente." Que nosso coração encontre contentamento e satisfação naquilo que já possuímos seja muito ou pouco. Ter o pão de cada dia e roupas para usar são motivos para agradecer a Deus.

Paz e graça amigo leitor!