EM ALERTA

Karina Oliveira
há 2 dias
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O cenário: um jardim; o momento: alta madrugada; os envolvidos: quatro homens de aparência simples.

Então Jesus foi com seus discípulos para um lugar chamado Getsêmani e disse-lhes: "Sentem-se aqui enquanto vou ali orar".

(Mateus 26:36)

Em outros momentos vemos Jesus se afastar das multidões e ir a lugares desertos para sozinho orar a Deus. No Getsêmani acontece algo diferente, dessa vez Jesus Cristo leva junto mais três dos Seus discípulos: Pedro, Tiago e João, esses dois últimos filhos de Zebedeu.

O que acontece ali é indescritível. Jesus os deixou e foi um pouco mais a diante pois precisava orar. Naquele momento, naquela madrugada, Ele se angustiou e entristeceu-se ao ponto de ter gotejado sangue. A presença de Deus é lugar de sinceridade, de tirar máscaras e abrir o coração quanto aos próprios sentimos. É exatamente o que Jesus estava fazendo, se derramando diante de Seu Pai.

Disse-lhes então: "A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem comigo".

(Mateus 26:38)

Jesus faz um pedido àqueles homens que o acompanhavam: VIGIEM COMIGO! Qual seria esse propósito de vigiar? Em uma pesquisa rápida sobre o significado de vigiar encontro as seguintes definições: permanecer atento, alerta, desperto; ficar de sentinela; observar com atenção; estar atento à…

Era isso que Cristo esperava deles, que estivessem vigilantes, acordados. Jesus apresenta a Deus seus desejos e vontades. Ele não finge ser forte, Ele fala e não apenas isso clama: “Se possível que esse cálice seja afastado de mim!”. Jesus não age como menino mimado insistindo na Sua própria vontade ou decretando algo. Jesus após abrir seu próprio coração, submete-se, que a vontade do Pai prevaleça.

Fonte: JW Org

Os amigos de Jesus não permanecem em estado de alerta como Ele pediu. O corpo deles talvez estivesse já cansado de um longo dia de caminhada ou até mesmo de pesca. Naquela altura da noite o que eles talvez mais quisessem fossem as camas e travesseiros macios dos seus confortáveis quartos. Aquele momento ali era de renúncia, de guerra interior.

Pedro, João e Tiago cederam ao sono. Jesus afirma que a oração e o estado de alerta tinham um propósito, que eles não caíssem em tentação. Pensando nisso, vieram a minha mente alguns questionamentos… Será que se Pedro tivesse vigiado e ficado alerta e em oração teria negado a Cristo? A carne estava fraca, Pedro, assim como os demais não estavam se preparando para o que de fato viria.

"Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca".

(Mateus 26:41)

Quantas vezes cochilamos ao invés de estar em alerta? Quantas vezes cedemos às distrações e estímulos quando na verdade deveríamos estar focados em Cristo? Quantas vezes somos medianos e mornos por achar que o pouco que oferecemos já é o suficiente?

Será que hoje, agora, eu estou pronta para quando a hora chegar? A hora da provação, a hora de testemunhar, a hora de ser perseguida, a hora quando Cristo voltar para buscar Sua noiva.

Por isso é que foi dito: "Desperta, ó tu que dormes…”

(Efésios 5:14)

É tempo de acordar para o que realmente importa, é tempo de deixar nosso sono espiritual para trás. É tempo de ter zelo pelas coisas do Senhor. É tempo de amar a Verdade a qualquer custo, mesmo que custe sua própria vida. É tempo de ser oferta e sacrifício vivo, andando realmente na contra mão, não se amoldando ao presente século. É tempo de apressar a volta de Cristo, testemunhando. É tempo de dar liberdade ao Espírito Santo para que Ele transforme e molde nosso caráter e o restaure continuamente.

Cristo não se entregou naquele madeiro para que agora eu e você fiquemos adormecidos. VIGIE!