Enfim, livre serei!

(Fonte: O Portal ND10)

Todas as vezes em que li sobre a libertação dos israelitas da escravidão do Egito eu fico maravilhada com todo o Poder de Deus, os lindos e incríveis milagres realizados. Ao mesmo tempo, todas as vezes em que li que os israelitas, agora livres, estavam a murmurar e reclamar contra Deus, chegando até mesmo a dizer que o melhor era ter permanecido no Egito onde o peso da escravidão os levava até a morte, isso me deixa totalmente indignada. Como eles ousaram agir assim depois de tanto?

"Os israelitas disseram: 'Seria melhor que o Senhor tivesse nos matado no Egito! Pelo menos tínhamos panelas de carne e pão à vontade. Mas vocês nos trouxeram a este deserto para matar de fome toda esta multidão." (Ex 16:3)

O povo que finalmente estava livre, o povo que outrora gemeu debaixo da terrível escravidão dos egípcios e clamaram a Deus para que os libertasse, naquele momento estava dizendo que preferia estar lá, no lugar onde eram prisioneiros, sofrendo o pesado jugo imposto pelo faraó.

Dia desses eu me comportei como os israelitas ingratos e nem me dei conta. Estava confusa em meus pensamentos e imaginando (leia-se murmurando) o quanto seria mais proveitoso ter permanecido em dada situação da minha vida. Deus havia me libertado de algo que não estava me fazendo bem e na época Ele mesmo deixou isso bem claro para mim. Ele disse quase em letras garrafais que já havia começado a fazer tudo novo.

"Vejam, estou fazendo uma coisa completamente nova, algo que já comecei a realizar; será que vocês ainda não perceberam?" (Is 43:19)

Mas essa é uma história a ser compartilhada com mais detalhes em outro momento. Voltando a falar sobre meu coração ingrato e enganoso... Dias após ter reclamado e achado que o melhor era ser "escrava", Deus me confrontou e constrangeu ao me lembrar da atitude dos hebreus que tanto me deixa indignada.

Eu lia o livro Graça de Max Lucado e o título daquele capítulo era justamente: "Você pode descansar agora!" Nas palavras de Lucado ele descreve que entre o suspiro de alívio e o momento em que eles decidiram que seria melhor voltar à escravidão transcorreu um período de um mês. Bastou um mês para eles acharem que seria melhor ter permanecido na terra de trabalho, suor e costas machucadas. A razão? Simplesmente o desejo por comer carne e pão.

Li isso com um nó na garganta, recordei que dias atrás eu havia concluído que retornar para situações que haviam tirado meu fôlego e minha paz eram a melhor opção. A atitude que tanto me aborrecia e me deixava indignada agora partia de mim.

(Fonte: JW.Org)

É estranho como em momentos que nossa ótica está distorcida e nossos pensamentos embaralhados optamos por aquilo que nos faz mal. Olhamos para o passado e enganosamente achamos que ali era melhor. Tendenciosamente esquecemos a causa das marcas que carregamos em nosso corpo e em outro momento nos fez clamar por socorro a Deus. Assim como os israelitas que estavam mais preocupados em encher a barriga, lembramos apenas de certos momentos agradáveis vividos.

"Muito tempo depois, morreu o rei do Egito. Os israelitas gemiam e clamavam debaixo da escravidão; e o seu clamor subiu até Deus." (Êx 2:23)

Você já passou por algo assim? Já achou e até mesmo acreditou que retornar para aquela relação destrutiva ou quem sabe para aquele vício já abandonado seria bom? Todos nós estamos suscetíveis a fazer escolhas erradas. A optar por aquilo que não é o propósito de Deus.

Sendo assim, o que pode evitar que caiamos? O que pode nos impedir de regressar ao cativeiro? Nossa comunhão com o Grande Eu Sou! Apenas Ele, através de Seu Santo Espírito, pode nos alertar, corrigir, segurar e impedir de seguir caminhos tortuosos. Eu sou grata por tamanha graça que me fez com que caísse em si e percebesse meu erro e arrependida pedisse perdão por não confiar na liberdade que Ele já havia me oferecido.

Oro por você que está lendo, espero que Sua comunhão com Deus cresça e se aprofunde para que Ele seja a última palavra em suas decisões.

#aesperançanasce