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Dois ou um?

  • Foto do escritor: Karina Oliveira
    Karina Oliveira
  • 6 de fev. de 2021
  • 3 min de leitura

Essa semana estava lendo alguns capítulos de Êxodo e comecei a pensar na importância de ter uma rede de apoio, de ter pessoas por perto para serem suporte em momentos bons e principalmente nos momentos não tão bons assim. Em dois momentos distintos é possível observar Moisés recebendo apoio de irmãos na fé, companheiros de caminhada. A companhia dessas pessoas fez total diferença para a vida dele.

O primeiro momento foi quando Moisés subiu a certo monte enquanto Josué travava uma batalha contra os amalequitas. No alto do monte Moisés segurava a vara de Deus, aquela mesma vara usada por ele para demonstrar milagres ao faraó. Enquanto a vara permanecia erguida os israelitas se mantinham vitoriosos sobre os amalequitas, no entanto, ao baixar a vara Josué e seu exército eram derrotados. A batalha foi longa, com toda certeza Moisés cansou de manter seus braços elevados e por isso havia momentos em que o cansaço era tanto que precisava baixar a vara. Porém, ao fazer isso comprometia diretamente o resultado daquela luta. E é nesse momento que vem o primeiro apoio recebido por seus companheiros Arão e Hur.

"Quando Moisés sentiu o peso das mãos, pegaram uma pedra e puseram por baixo dele e Moisés ficou sentado nela. Arão e Hur ficaram sustentando as mãos dele, um de cada lado, de modo a permanecerem firmes até o pôr do sol." (Êxodo 17:12)

Eles foram muito importantes para que Moisés conseguisse manter os braços elevados até o fim da luta. Arão, irmão de Moisés e Hur sustentaram as mãos dele, um de cada lado, e permaneceram firmes até o pôr do sol. O resultado: Josué derrotou o exército de Amalaque ao fio da espada. Já pensou se Moisés estivesse sozinho? Penso que ele não teria conseguido manter seus braços elevados até o fim da batalha. Sendo assim, muito provavelmente o resultado daquele embate teria sido bem diferente para os israelitas.

O segundo momento em que percebi a importância de Moisés estar cercado por bons conselheiros foi no momento em que seu sogro Jetro veio visitá-lo. Ao observar Moisés julgando as causas, sozinho, de todo o povo, Jetro conclui que aquela atitude não era boa. Pois daquele modo tanto Moisés quanto o povo ficariam esgotados, pois aquele trabalho era pesado demais apenas para uma pessoa exercer. Então, sabiamente Jetro aconselha seu genro a escolher dentre os homens israelitas, homens capazes, tementes a Deus, amantes da verdade e inimigos da avareza. Era com esses homens que ele iria dividir o fardo, esses seriam cooperadores de Moisés ao julgarem também as causas da comunidade.

"Com isso a sua carga ficará mais leve. Na verdade, eles estarão ajudando você a levar a carga." (Êxodo 18:22)

Sem dúvida alguma, a carga de Moisés deve ter ficado muito mais leve, pois agora ele tinham com quem dividi-la. Não precisava mais resolver tudo sozinho, tinha pessoas confiáveis, tementes a Deus, em quem ele podia confiar. Ao pensar nas cargas divididas, o seguinte versículo de Eclesiastes veio a minha memória:

"É melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas. Se um cair, o amigo pode ajudá-lo a levantar-se. Mas pobre do homem que cai e não tem quem o ajude a levantar-se!" (Eclesiastes 4:9,10)

Desde a criação do mundo, Deus declarou que não era bom para o homem que ele estivesse sozinho e foi exatamente por essa razão que Deus criou a mulher, uma companheira, uma auxiliadora para viver ao lado de Adão. Somos pessoas relacionais, crescemos fazendo parte de uma família, estamos inseridos em uma comunidade, a todo momento nos relacionamos. Precisamos de outras pessoas para compartilhar os fardos, as alegrias. São em relacionamentos saudáveis, com pessoas de confiança em que podemos ser vulneráveis, baixar a guarda e ser amparados em amor.

"Então o Senhor Deus declarou: 'Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda'." (Gênesis 2: 18)

Moisés experimentou várias vezes o consolo e o apoio vindo de bons companheiros. Claro, que não estou aqui falando de relacionamentos perfeitos, até porque eles não existem. Mas estou escrevendo sobre a nossa necessidade de viver ao lado dos nossos semelhantes, recebendo ajuda e ajudando, é uma vida de mão dupla. Não compre a ideia de que viver sozinho nos livra de decepções e dores de cabeça. Pode até ser que sim, mas também nos impede de aprender, crescer e desfrutar das dádivas que são encontradas apenas quando vivemos lado a lado com alguém. Não desista da companhia dos seus semelhantes por alguma mágoa já vivida, ainda há pessoas por quem vale a pena acreditar. Erramos, decepcionamos e somos decepcionados, porém se o nosso Criador disse que não era bom estarmos sozinhos é porque de fato precisamos ter alguém por perto. E ao meditar nessas palavras vindas dEle, é possível perceber que Deus fala de relacionamentos com propósito. Não é apenas ter alguém do lado, mas ter alguém com quem se possa contar.


 
 
 

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