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Alegria e provação!

  • Davi Macedo
  • 17 de fev. de 2018
  • 4 min de leitura

"Tiago, servo de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que andam dispersas, saúde. Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações; Sabendo que a prova da vossa fé opera a paciência. Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma." Tiago 1:1-4


A Perseverança é um sinal dos que foram “aprovados”, dos que “creem” de modo real, e não tem, na verdade, uma fé que seja falsa. O modo com que passamos nas provações identifica o que cremos, e de todo modo, a perseverança é o sinal de um crente fiel, e sua forma de se portar diante de todas as tribulações, uma denúncia de que realmente crê e entende por verdade. A carta, enviada aos irmãos judeus, convertidos a Cristo, vivendo em tribulações por vários motivos, é uma exortação ao comportamento de alguns que se tornam indecisos na Fé, mediante as aflições pelas quais estavam passando. Aflições de todo o tipo, em várias circunstâncias diferentes era um incômodo não apenas físico, como quem sofria tortura e martírio, mas psicológico, porque denunciava a imaturidade de muitos e a tornava evidente pelo coração que demonstrava dúvida insistente e instabilidade.

A instrução é de que devemos perceber a dimensão alegre que é passar por tribulação, tomar uma atitude alegre mediante a aflição, mas, não apenas pelo fato da tribulação em si, ou de estar no meio dela, mas pelo fato de que, os que participam da Fé de modo real encontram provisão para ultrapassar tais coisas, como diz no capítulo 5.11 ao citar Jó. “A palavra de Deus nunca nos prometeu uma viagem tranquila, o que Deus nos promete é uma chegada certa” [Nicodemus]. A alegria é um sinal importante na disposição do crente, ela confere uma dimensão de gratidão por entender, para além da prova, os seus efeitos, e benefícios: paciência/perseverança. Este fruto é o certificado da fé verdadeira. Em outras palavras, Deus nos faz enxergar a veracidade de nossa Fé durante e depois das aflições.

A aflição, ou provação tem um caráter revelador, em nossa vida. Importante que as dificuldades não vêm, segundo Tiago, para os maus crentes, ou para ímpios apenas, ou qualquer outra classe. É uma aparente contradição um homem fiel a Deus passar por dificuldades e perdas consideradas grandes, ou um homem mau e impiedoso provar das melhores coisas da terra, afinal, cremos na ideia de que “você colhe o que você planta”, mas isto é um erro. Os crentes e fieis ao maior benfeitor do universo inteiro, criador de todas as coisas, poderoso para fazer o que lhe apraz, não os impede de passar por tribulações. A rocha que nos sustenta é rocha não apenas antes da tribulação, mas durante, assim como a felicidade aqui não é, apenas, para antes, ou depois, mas durante. Podemos encontrar alegria em meio as dificuldades. Há também uma elevação da alegria, pois deve ser motivo de “grande alegria” e não “unicamente”, ou seja, a alegria não é um sentimento isolado, que deve preencher completamente o cristão, antes, mesmo diante de constrangimento e tristeza, pode habitar a alegria que temos em Cristo. Deus nos aperfeiçoa nas tribulações, e isto nos deixa alegres.

Então, “provavelmente, este é o significado pretendido por Tiago: o sofrimento é o meio através do qual a fé, testada no fogo da adversidade, pode ser purificada e então fortalecida. Desta forma, a ideia não é a de que provações determinam se uma pessoa tem fé ou não. Em vez disso, elas fortalecem a fé que já existe” [Douglas Moo]. A instrução é persistente e retalha nosso senso orgulhoso: se alegrem com as aflições. Não é a dúvida que nos deveria tomar diante das aflições, mas a alegria de entender que Deus nos persevera e prova nosso caráter, formado pela sua santa palavra, no meio da provação. O fim destas coisas é a perseverança, a alegria deve nos levar a perseverança, e com esta perseverança, com esta “alegria paciente”, “alegria persistente” chegamos à aprendizagem, à maturidade: Deus refina seus filhos.


Aplicações:

  1. Faça as pazes com sua provação. A tristeza tem lugar nas dificuldades, ela nos dá, por vezes, uma perspectiva que precisamos para usar como subsidio reflexivo de nossa fé e nossos caminhos, mas, odiar, por tristeza, a dificuldade, não é, o melhor caminho. Fazer as pazes com as aflições, aceita-la, e ter disposição alegre é, diante de Deus, reconhecer seu governo e estar disposto a ser ajustado e refinado.

  2. O que plantei, nem sempre colherei, e isso deveríamos saber. Não colhemos morte, quando plantamos pecado, porque pela graça fomos salvos, e não podemos pensar, em aspecto nenhum, que “uma vida de boas ações vai me livrar de qualquer dificuldade”, do mesmo modo que nenhum de meus atos justos pode guardar minha alma do inferno. Apenas e unicamente por Cristo somos salvos.

  3. Precisamos carregar nossa Cruz, com dor, sofrimento e alegria. O que é aparente contradição é testificado quando o Cristo viu o fruto do seu trabalho e se alegrou. A alegria é uma dimensão didática da fé, não apenas em tempos de festa, mas em tempos de dificuldade e trevas.

  4. Cristo nos consola. Da mesma maneira que as aflições de Cristo recaem sobre nós, seu consolo também [2 Co 2]

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