As pedras e o mar

Vejo as pedras, olho o mar.

Elas parecem tão insignificantes, pequenas, comparadas ao mover impetuoso das águas. Mas ao sentar à beira do mar, e em silêncio, observar tudo ao redor, reparei nas pequenas pedrinhas... Que passavam pouquíssimo tempo paradas, estavam sempre em movimento. Vi uma pedrinha transparente, linda! Mas nem mesmo pisquei e ela já havia sumido.

Sumido? (Eu pensei) Não!

E observei, por tempos, todas as pedrinhas, e vi que elas eram levadas pelo mar, a todo lugar que ele quisesse! E elas não faziam objeção! Simplesmente iam... Se lançavam, e corajosamente eram levadas a um lugar que nem elas mesmas conheciam, ou tinham ouvido falar antes!

O mar... grande! Imenso! O mesmo que apaga os rabiscos na areia, leva as pedrinhas, todas elas, para um abraço e mergulho dentro dele, para que as pedrinhas, assim, o conheçam de fato!

E elas vão... Confiam!

Seguem sem objeções onde quer que o mar lhes mandar ir. E o destino final delas, só o mar é que sabe, e sempre soube desde o princípio. Ah... quem dera eu fosse como essas pedrinhas... E seguisse, sem objeções, confiando no grande Mar que me chamou.